António Oliveira visitou hoje (segunda-feira) o Military Academy Ground, na Coreia do Sul, local onde a selecção portuguesa irá ficar durante o Mundial de 2002. O técnico gostou das condições apresentadas e só ficou preocupado com o trânsito de Seul.
O seleccionador português de futebol, António Oliveira, ficou hoje satisfeito com o que viu no Military Academy Ground, em Seul, o local escolhido pela formação das «quinas»
para treinar durante a sua presença no Mundial2002.
«Gostei, tem aspectos positivos e alguns menos bons, mas não esperávamos encontrar um local ideal, face a vários condicionalismos, ao que encontrámos e ao que a organização nos indicou», afirmou António Oliveira, que espera ainda melhorias.
Os balneários estão ainda em construção e outras exigências por cumprir, mas falta ainda muito tempo e há confiança em que tudo estará pronto a horas: «Se fizerem o que solicitámos, o que nos foi prometido, estamos perante um espaço físico excelente e em condições de fazermos um estágio dentro do que é normal na selecção».
Com o problema do complexo para treinar resolvido, o técnico nacional só está preocupado com o tempo necessário para chegar ao local, face ao «insuportável» trânsito da populosa cidade de Seul, que tem cerca de 12 milhões de habitantes.
«Os hotéis que vimos têm condições excelentes, mas estamos a enfrentar grandes dificuldades para encontrar um que nos permita chegar em pouco tempo aos treinos. Vamos pensar bem, de forma a fazermos a melhor opção», disse o seleccionador nacional.
Na capital sul-coreana, as distâncias são uma coisa e o tempo que as mesmas demoram a ser percorridas outra, bem mais complexa, uma vez que qualquer dúzia de quilómetros demora sempre uma boa meia hora a ser percorrida.
Os semáforos sucedem-se de poucos em poucos metros, e os veículos que vão percorrendo as artérias são «incontáveis», pelo que é preciso ter uma boa dose de paciência para circular na cidade, algo que é impensável pedir aos jogadores.
Tendo em conta que a selecção deverá fazer dois treinos diários, isso significa quatro viagens, pelo que, se cada uma demorar meia hora, obtém-se o absurdo número de duas horas, tempo impensável para qualquer equipa de futebol a «sério».
Por Pedro Fonseca, enviado da Agência Lusa