O Boavista sofreu, na noite de domingo, no Bessa, a sua primeira derrota «caseira» da época, e a quarta na I Liga. Perante o seu público, os «axadrezados» perderam por 1-0, frente ao Marítimo, e «caíram» para a quarta posição do campeonato português.
O campeão nacional Boavista somou, na noite de domingo, no Estádio do Bessa, o seu quarto jogo consecutivo sem vencer.
Depois da derrota em Alvalade, com o Sporting, do empate em Paranhos, diante do Salgueiros, e da derrota no reduto do Manchester United, para a Liga dos Campeões, os jogadores orientados por Jaime Pacheco viram hoje ser-lhes infligida a primeira derrota «caseira» da presente temporada, e a quarta na I Liga.
Desta forma, o Boavista desaproveitou uma boa oportunidade para subir ao segundo lugar da tabela classificativa da prova, em igualdade pontual com o novo líder, que é o Sporting (29 pontos).
Assim sendo, o clube do Bessa é agora o quarto colocado da competição, com 26 pontos, menos dois do que o segundo, o FC Porto, e menos um do que o terceiro, que é o Benfica.
Quanto à partida, pode dizer-se que acabou por resultar numa vitória «feliz» mas justa, da organização defensiva e do contra-ataque dos insulares sobre a vontade, a entrega, os nervos e a ineficácia concretizadora dos «axadrezados».
O único golo do jogo foi apontado pelo avançado brasileiro André, cedido pelo Benfica aos madeirenses, até ao final desta época.
Numa jogada rápida de contra-ataque, em que ficou no «ar» a «sensação» de que o lance foi precedido de uma falta sobre Elpídio Silva, Danny esperou a saída do guarda-redes Ricardo, e assistiu na direita do ataque madeirense André.
O atleta «canarinho», livre de oposição, e já dentro da grande área contrária, limitou-se a colocar a bola no fundo da baliza «axadrezada» e a apontar o golo que acabou por garantir três pontos para a equipa orientada por Nelo Vingada, que deste modo igualou a União de Leiria e o Belenenses no sexto posto da tabela classificativa da I Liga, com 21 pontos.
No que respeita ao Boavista, foi a equipa que assumiu as «despesas» do encontro e o conjunto ao qual pertenceram as melhores ocasiões de golo. Erwin Sanchez, aos 7 minutos, na cobrança de um livre directo, e Duda, aos 15 minutos, com um bom remate, só não deram vantagem no marcador aos «donos» da «casa» porque Nélson, no primeiro lance, e a trave da baliza deste, no segundo, não o permitiram.
A cinco minutos do intervalo, e no seguimento de um pontapé de canto, Jorge Silva cabeceou para boa defesa de Nélson e, na recarga, Elpídio Silva só não empatou o jogo porque o médio ofensivo Danny, em cima da linha de golo, «cortou» a bola «in extremis».
Jaime Pacheco e Elpídio Silva expulsos
Na segunda parte, manteve-se a toada da primeira, com o Boavista a ser mais pressionante e com o Marítimo a conceder a iniciativa do jogo ao seu adversário, optando por jogar mais na expectativa e em contra-ataque.
Neste período, o médio boliviano Erwin Sanchez, aos 60 minutos, por intermédio de um livre directo, quase igualava, mas o guarda-redes Nélson ia cumprindo bem o seu papel e defendia tudo. Aos 78 minutos, e já com Nélson fora da baliza, Martelinho tentou o «chapéu», com o pé esquerdo, mas Briguel, de cabeça, já perto da linha de golo, evitou o empate.
Aos 64 minutos, o avançado brasileiro Silva foi expulso por acumulação de cartões amarelos e, no minuto imediato, Jaime Pacheco, treinador do Boavista, inconformado e bastante crítico para com o trabalho do árbitro, recebeu também ordem de expulsão por parte do juiz setubalense Bruno Paixão.
Já em período de descontos (sete foram os minutos de compensação dados), o Boavista reclamou grande penalidade por alegada «mão» na bola de Zeca, após um remate forte de um jogador «axadrezado». Contudo, pareceu-nos, neste lance, que o médio madeirense apenas se tentou proteger da bola e não teve intenção de cometer o «penalty», daí ter levado as mãos à cara.