desporto

Jorge Costa 34º, Korzeniowski tri-campeão

Jorge Costa foi o melhor português nos 50 quilómetros marcha, ao terminar esta dura prova no 34º posto, com 4:12.24 horas. Pedro Martins desistiu numa prova ganha por larga margem pelo agora tri-campeão olímpico, o polaco Robert Korzeniowski.

O polaco Robert Korzeniowski despediu-se em grande da sua carreira, ao não voltar a não dar qualquer possibilidade aos seus adversários, sagrando-se campeão olímpico pela terceira vez consecutiva nos 50 quilómetros marcha.

O marchador de Leste, de 36 anos, venceu com grande à-vontade a prova desta sexta-feira, com o tempo de 3:38.46 horas, deixando bastante para trás o russo Denis Nizhegorodov.

Korzeniowski, também tri-campeão mundial da distância, «começou» a sua caminhada para mais triunfo aos 35 quilómetros.

O vencedor dos 20 e 50 quilómetros nos Jogos de Sydney isolou-se de um grupo de quatro marchadores, na companhia de Nathan Deakes, medalha de bronze nos 20 quilómetros, vendo a sua missão facilitada, quando o australiano foi desqualificado por marcha irregular.

Nizhegorodov, actual detentor da melhor marca mundial da distância, terminou a prova com grandes dificuldades, a 4.04 minutos de Korzeniowski, mas ainda a tempo de garantir a medalha de prata.

A Rússia ficou também com a medalha de bronze, através do terceiro posto alcançado por Alexei Voyevodin, que cortou a meta desta esgotante «maratona», com 3:43.34 horas.

Muito longe dos primeiros chegou o único português que conseguiu ter força para terminar a prova, Jorge Costa, que não foi além do 34º posto, com 4:12.24 horas.

«Estou desiludido com a classificação. A cerca de 12 quilómetros do final, deixei de ter baterias, não reagi e a partir daí geri a corrida deforma a concluir», explicou o marchador dos CTT de Faro.

O atleta, que terminou a prova com um semblante bastante carregado e que pediu desculpa a todos os que acreditaram nele, não conseguiu explicar o seu mau resultado.

Jorge Costa indicou que os 29 graus e os 50 por cento de humidade «foram uma mistura explosiva para quebrar atletas», mas que agora o objectivo é preparar os Mundiais de Helsínquia, em 2005, «para apagar a má imagem deixada hoje».

Pior fez o seu compatriota Pedro Martins, que foi obrigado a desistir, tal como outros sete marchadores, que também não terminaram a prova. O marchador português abandonou entre o 35º e o 40º quilómetro, devido a fortes cãimbras.

Redação