Carlos Ferreira conquistou a primeira medalha para Portugal nos Paralímpicos 2004, ao ser segundo nos 10 mil metros na categoria de T11 (cegos totais), com o recorde europeu. Na natação, Susana Barroso foi a portuguesa com melhor resultado.
Carlos Ferreira assegurou, este sábado, a primeira medalha para Portugal nos Paralímpicos de Atenas, ao ser segundo nos 10 mil metros, com 33.17,30, uma marca que lhe permitiu bater o seu próprio recorde europeu.
O atleta nacional, que correu a par do seu guia Paulo Ramos, apenas perdeu para o queniano Henry Wanoyke, que cortou a meta com menos 1.40,03 minutos que o português, ao fazer o tempo de 31.37,27 minutos.
«Agora resta-me descansar e esperar pela maratona que realiza daqui a uma semana e o que vier será bom. Vou tentar», afirmou Carlos Ferreira à TSF.
Ricardo Vale alcançou o sexto posto nesta prova, ao terminar com 35.02,93 minutos, marca que lhe permitiu retirar 11 segundos ao seu recorde pessoal.
A prova ficou marcada por algumas dúvidas que surgiram quanto ao vencedor da prova, que alguns afirmam não ser cego, muito embora esse facto tenha sido provado pelo Comité Paralímpico Internacional.
No atletismo, destaque ainda para a prova de José Alves, que assegurou o apuramento para a final dos 200 metros na categoria de T13 (amblíopes), ao ser sétimo nas eliminatórias, com 22,92 segundos, marca que passou a ser o seu recorde pessoal.
Susana Barroso quarta nos 100 metros livres
Na natação, o melhor resultado para Portugal surgiu nos 100 metros lives na categoria S3 (deficiências motoras) através do quarto lugar de Susana Barroso.
«Na eliminatória estive bem e até tive de abrandar para não dar o máximo, mas talvez precisasse de mais um dia para recuperar do cansaço», afirmou a nadadora da GESLOURES.
A nadadora nacional fez apenas 2.32,66 minutos, muito abaixo do que tinha feito nas eliminatórias, ficando mesmo assim à frente da outra portuguesa, Perpétua Vaza, que terminou em sétimo, com 2.47,15 minutos.
Nos 100 metros mariposa da categoria S9 (amputados), Leila Marques não foi além da sétima posição, com 1.18,40 minutos, menos cerca de um segundo que o seu recorde pessoal, estabelecido na eliminatória.
A sul-africana Nathalie du Toit foi a grande figura desta prova, ao vencer a final, depois de ter batido o recorde do mundo por três segundos com 1.07,69 minutos.
Du Toit teve um acidente de moto há cerca de ano tendo de ser amputada ao nível de um joelho. A nadadora esteve muito perto de participar nos Jogos Olímpicos, nos 800 metros, mas foi ultrapassada à ultima hora.
Já Maria João Morgado não conseguiu chegar à final dos 100 metros lives na categoria S5 (paralesia cerebral), ao ser apenas penúltima no conjunto das duas séries, com 1.44,99 minutos.
A nadadora portuguesa vai agora tentar a sua sorte nos 200 metros, a sua especialidade.