A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) exigiu um inquérito «rigoroso» a tudo o que se passou no jogo de domingo entre Benfica-Porto, pedindo a «punição exemplar» àqueles que tiveram comportamentos criticáveis.
A exigência de punição, feita esta terça-feira em comunicado, surge como remate de sete pontos que a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) considera relevantes.
Entre eles estão os factos que demonstram aquilo a que a associação chama «gritante falta de lucidez e discernimento dos seus protagonistas ao sentimento de impunidade dos prevaricadores perante atitudes idênticas».
Com base neste raciocínio, a APAF sugere mais educação e controlo de atitudes a quem tem funções de liderança no mundo do futebol.
Deste modo, a associação exige à Liga Portuguesa de Futebol «um rigoroso inquérito a tudo o que se passou, bem como a punição exemplar de todos aqueles que, em sede própria, se prove que tiveram comportamentos criticáveis».
A estrutura representante da arbitragem portuguesa propõe ainda «mão pesada» da justiça, ou seja, castigos que de forma inequívoca se apliquem tanto a nível de pena desportiva como pecuniária.
De igual modo, solicita às forças policiais, nomeadamente a PSP e GNR, que estejam vigilantes no que respeita à segurança da equipa de arbitragem em todas as suas vertentes.
A associação aponta ainda, em jeito de alerta a todas as estruturas, que os árbitros da primeira categoria nacional estão preparados, sem qualquer receio de possíveis consequências, para tomar posições drásticas e objectivas, a fim de restituir toda a credibilidade do sector.
Em declarações à TSF, o presidente da APAF, Vítor Reis, explicou o alcance da ameaça, sublinhando que pode traduzir-se na falta de comparência em futuros jogos no Estádio da Luz.