O Benfica venceu esta noite o Nacional por 2-1, no Estádio da Luz, e regressa à liderança da Superliga. Uma «bomba» de Karadas aos 62 minutos espevitou uma das mais pobres exibições desta época. Aos 80 minutos, Sokota fez o segundo que, curiosamente, é o primeiro seu e o primeiro de cabeça do Benfica neste campeonato.
O Benfica «foi na conversa» do Nacional durante quase uma hora. Os madeirenses vinham apostados em levar um pontinho e nada mais.
O árbitro teve um contributo «especial» no mau jogo que as duas equipas fizeram: apitou tudo e mais alguma coisa. Aos 40 minutos de jogo, por exemplo, já tinha apitado mais de 30 vezes. Consequência lógica: bola quase sempre parada na relva.
Foi preciso um monumental golo de Karadas para o jogo acordar e o Benfica também. O norueguês recebeu a bola de costas, a cerca de 30 metros da baliza em zona frontal, virou-se e chutou com potência. A bola ainda roçou a mão de Hilário e a trave.
Movimentou-se então o jogo. O Benfica mais satisfeito e o Nacional, com as voltas trocadas, resolveu jogar o jogo pelo jogo. Talvez as coisas fossem diferentes se tivesse essa atitude de início, até porque o Benfica acusou muito a falta de Petit (lesionado) e Nuno Gomes (castigado).
A 10 minutos do fim, Depois de livre de Simão Sabrosa, Sokota fez o seu primeiro golo esta época e o Benfica marcou pela primeira vez de cabeça neste campeonato.
Como o Benfica «gosta de sofrer» ainda «deixou» o Nacional reduzir num livre directo de Alexandre Goulart. Foi o 4º golo em 5 que o Benfica sofre de bola parada. Se bem que, pode ter existido mais um erro de arbitragem. Mário Mendes tem o braço levantado indicando livre indirecto e não vimos a bola tocar em ninguém.
Simão Sabrosa fez o seu jogo nº 150 na 1ª Divisão. Mais uma marca histórica depois do golo 100 de Nuno Gomes a meio da semana. E, para não variar, foi um dos melhores em campo com mais duas assistências.
A vitória é justa para as «águias» e o Nacional pode queixar-se mais de si próprio do que do adversário. O Benfica reassume assim o comando da Superliga, depois do Vitória de Setúbal ter sido líder por 24 horas.
Sob a arbitragem de Mário Mendes (Coimbra), no novo Estádio da Luz, as equipas alinharam da seguinte forma:
Benfica
Benfica: Moreira; Miguel, Argel, Luisão e Fyssas; Paulo Almeida e Manuel Fernandes; João Pereira (Geovanni, 57), Zahovic (Sokota, 51) e Simão; Karadas (Bruno Aguiar, 86).
Suplentes: Quim, Amoreirinha, Bruno Aguiar, Geovanni, Dos Santos, Sokota e Ricardo Rocha.
Nacional
Nacional: Hilário; Patacas (Fábio, 69), Ávalos, Emerson Nunes e Cleomir; Cleber e Bruno; Marcelo (Alexandre Goulart, 75), Miguel Fidalgo e Serginho Baiano (Adriano, 75); Ferreira.
Suplentes: Belman, Alexandre Goulart, Fábio Santos, Adriano, Michel, João Fidalgo e Gouveia.