A candidatura portuguesa aos Jogos Olímpicos é uma «maratona» que Vicente de Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), gostava de ver terminada num novo Estádio Olímpico, a nascer no espaço do actual Estádio Nacional.
Vicente de Moura, que esteve esta sexta-feira reunido na Câmara Municipal de Lisboa com o presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, descreveu o momento como de «aquecimento para uma maratona, que poderá levar à obtenção dos Jogos Olímpicos de 2016 ou de 2020».
O presidente do COP reconhece da parte da CML «grande sensibilização» para o projecto, que no entanto ainda está na fase «exploratória, anterior aos necessários estudos das matérias e verbas envolvidas».
Só para avançar com a campanha de candidatura, Vicente de Moura fala em cerca de um milhão euros, para a qual já terá assegurado patrocínios.
«Da parte da CML fomos informados de que existem diligências exploratórias, a nível político e da Área Metropolitana de Lisboa», acrescentou Vicente de Moura, que está disponível para falar na Junta Metropolitana de Lisboa para sensibilizar as autarquias próximas da capital a envolver-se no projecto.
«Se decidirmos que vamos avançar, teremos de ver então se há tempo ou condições para a candidatura de 2016, colocando como hipótese 2020», acrescentou, sublinhando que uma candidatura vencedora de Madrid para 2012 tornará tudo muito mais difícil.
Em Julho de 2005 se saberá quem ganha a «corrida» para 2012 e nessa altura Vicente de Moura considera que se poderá aquilatar melhor da viabilidade de uma candidatura portuguesa, «que, além dos estudos preparatórios, terá de ter logo o apoio e envolvimento de instituições como o Governo e Presidente da República, bancos e empresas».
«Agora, é tempo de passos seguros, consecutivos e prudentes», disse ainda Vicente de Moura, para quem uma candidatura portuguesa aos Jogos é um «sonho antigo», que foi ganhando muito mais adeptos nos últimos dois anos.
«Água mole em pedra dura tanto dá até que fura, e está mesmo a furar», ironizou.