Um FC Porto infeliz e injustiçado pela arbitragem perdeu, esta terça-feira, com o Glasgow Rangers por 3-2, na Escócia, numa partida em que demonstrou grande capacidade atacante, mas pouca determinação defensiva, na abertura da Liga dos Campeões de futebol.
Na jornada inaugural do Grupo H da Liga "milionária", o FC Porto, depois de uma entrada fulgurante, foi vítima de uma desatenção defensiva e viu os escoceses inaugurarem o marcador pelo dinamarquês Lovenkrands.
Depois de Pepe ter igualado no início da segunda parte, os «azuis-e-brancos» viram-se novamente em desvantagem com um golo irregular do croata Prso, mas souberam combater nova contrariedade, como novo tento do central brasileiro.
Aos 74 minutos, nova infelicidade: o avançado croata Sokota lesionou-se e obrigou o Porto a jogar apenas com 10 elementos, vantagem que os escoceses aproveitaram para fechar o resultado final, através de um inexplicável golo do defesa grego Kyrgiakos, perante a apatia e desorientação da defesa dos vice-campeões nacionais.
A equipa de Alex McLeish conseguiu equilibrar a partida a partir dos 30 minutos e, aos 35, num lance de futebol tipicamente britânico, o dinamarquês Peter Lovenkrands surgiu quase isolado dentro da área e, com o pé esquerdo, rematou sem hipóteses para Vítor Baía.
Na segunda parte, e sem substituições nas duas equipas ao intervalo, o Porto entrou da melhor forma possível, já que aos 47 minutos Pepe cabeceou para o fundo das redes, na sequência de um pontapé de canto apontado por César Peixoto.
O Porto voltaria a sofrer outro infortúnio aos 59 minutos, quando Prso, num lance aparentemente fácil para a defesa portista, cometeu falta sobre Baía e introduziu pela segunda vez a bola na baliza «azul-e-branca», voltando a colocar o Rangers em vantagem no marcador.
O possante Hugo Almeida cabeceou por cima aos 67 minutos e, aos 71, Pepe voltou a brilhar, ao encostar com o peito novo canto apontado por César Peixoto, num lance em que a defesa escocesa pareceu totalmente adormecida.
Aos 85 minutos, os "azuis-e-brancos" voltaram a revelar grandes deficiências na defesa, quando o grego Sotirios Kyrgiakos, após passe de Ferguson, cabeceou quase de fora da área e de costas para a baliza, fazendo o injusto resultado final, favorável aos escoceses.
No final do encontro, o treinador do Porto, Co Adrianse, elogiou a sua equipa, mas sublinhou que os «dragões» não conseguiram manter a pressão.
Sob a arbitragem de Jan Wegerref (Holanda), as equipas alinharam do seguinte modo:
Glasgow Rangers
Glasgow Rangers: Ronald Waterreus, Fernando Ricksen, Sotirios Kyrgiakos, Barry Ferguson, Olivier Bernard, Julien Rodriguez, Ian Murray, Hamed Namouchi (Nacho Novo, 72), Francis Jeffers (Steven Thompson, 84), Peter Lovenkrands (Thomas Buffel, 56) e Dado Prso.
Suplentes: Stefan Klos, Marvin Andrews, Nacho Novo, Steven Thompson, Alex Rae, Thomas Buffel e José Pierre-Fanfan.
FC Porto
FC Porto: Vítor Baía, Pepe, Ricardo Costa, Pedro Emanuel (Sonkaya, 41), César Peixoto, Ibson, Lucho González, Diego (Hugo Almeida, 65), Jorginho, Sokota e Alan (Ricardo Quaresma, 65).
Suplentes: Paulo Ribeiro, Sonkaya, Marek Cech, Paulo Assunção, Ricardo Quaresma, Hugo Almeida e Lisandro Lopez.
Acção disciplinar
Acção disciplinar: Cartão amarelo para Dado Prso (36), Lucho González (47+) e Hugo Almeida (74).