A venda do património não desportivo do Sporting, aprovada esta quinta-feira pelo Conselho Leonino, renderá ao clube lisboeta uma verba «ligeiramente acima dos 50 milhões de euros», anunciou o presidente da Assembleia Geral, Rogério Alves.
Em causa está a alienação de quatro parcelas de património não desportivo - centro comercial Alvaláxia, edifício Visconde de Alvalade, clínica e "health club" -, ainda em 2006, às quais se poderá juntar as instalações onde funciona a secretaria do clube, mas esta necessitará de uma autorização especial.
«Estamos a falar de uma venda global que está ligeiramente acima dos 50 milhões de euros. Haverá agora que prever o faseamento dos pagamentos e de algumas condições que foram negociadas com a entidade compradora», referiu Rogério Alves, que preside também ao Conselho Leonino.
Segundo o presidente da AG dos "leões", «esta deliberação vem autorizar a venda de património não desportivo», o que permitirá «amortizar uma parte do passivo do Sporting e libertar o clube do volume de juros que é obrigado a pagar todos os anos».
A Silcoge e o Deutsch Bank Real State são as proponentes do negócio, mas o acordo com estas duas partes prevê que possa ser indicada uma terceira entidade, sendo esta a compradora das quatro parcelas, e que o clube tenha direito de preferência numa futura transacção.
«O Sporting não poderia fazer este negócio vinculando-se imediatamente a uma opção de recompra, porque isso de alguma forma contrariaria a própria natureza da proposta. O que está previsto é um direito de preferência numa eventual alienação futura», adiantou Rogério Alves.
O presidente da AG leonina disse que o Conselho Directivo espera que «a formalização do negócio ocorra ainda durante o ano de 2006».
A proposta da actual direcção foi aprovada por «uma maioria muito significativa» - 42 votos a favor, quatro contra e cinco abstenções -, sendo que, para Rogério Alves, foi dado «um passo muito importante» para viabilizar o projecto.