O presidente do Benfica é arguido no «caso Mantorras», noticia o «Jornal de Notícias». Neste caso, a PJ está a tentar perceber onde está parte dos cinco milhões de euros pagos pelo Benfica por 50 por cento do passe de Mantorras.
O presidente do Benfica foi constituído arguido no caso Mantorras, cuja transferência do Alverca para o Benfica está a ser investigada pela Polícia Judiciária, noticia a edição desta sexta-feira do «Jornal de Notícias».
Nesta investigação, a PJ está a tentar apurar o rasto de parte importante dos cerca de cinco milhões de euros pagos em 2000 pelo Benfica por 50 por cento do passe do avançado angolano.
De acordo com o JN, parte importante dessa verba entrou nas contas do Alverca, mas depois não ficou no clube, uma situação que Luís Filipe Vieira terá dito ser alheio, quando foi interrogado formalmente sobre o assunto a 17 de Novembro pela PJ.
Nessa altura, Vieira já teria sido interrogado como arguido, juntando-se assim aos empresários Jorge Manuel Mendes e Paulo Barbosa também arguidos neste caso.
Ainda segundo o «Jornal de Notícias», o actual líder do Benfica surge nesta transferência inicialmente do lado do vendedor, como presidente do Alverca, e depois no lado do comprador, quando assumiu a gestão do futebol "encarnado" na direcção de Manuel Vilarinho.
Luís Filipe Vieira terá mesmo chegado a deter, em nome pessoal, uma quota sobre o passe de Mantorras, aquando da aquisição do internacional angolano, posição que acabou por ceder ao Alverca.
Neste processo, a PJ está a investigar eventuais crimes de burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento de capitais relacionados com a transferência de Pedro Mantorras do Alverca para a Luz.