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Carolina ausente em início de julgamento

Carolina Salgado não compareceu ao início do julgamento de um processo cível movido pelo presidente do FC Porto contra o Estado. Em causa está uma alegada detenção ilegal feita a Pinto da Costa em fins de 2004.

Carolina Salgado esteve ausente do início do julgamento relativo a um processo cível movido pelo presidente do FC Porto contra o Estado, em que Pinto da Costa reclama uma indemnização de 50 mil euros por causa de uma alegada detenção ilegal.

Em declarações à agência Lusa, a ex-companheira de Pinto da Costa, arrolada como testemunha neste processo, justificou a sua ausência por estar ausente do país, pelo que não foi notificada para comparecer esta terça-feira no Tribunal de Gondomar.

Carolina Salgado confirmou ainda que se for notificada vai dizer a «verdade», pois lembra-se bem dos factos em causa neste julgamento, uma vez que então ainda vivia com o presidente do FC Porto.

«Há momentos na vida que a gente nunca esquece», acrescentou Carolina Salgado, numa referência à detenção feita a Pinto da Costa, a 3 de Dezembro de 2004, para um interrogatório relacionado com o processo Apito Dourado.

No livro «Eu, Carolina», a antiga companheira de Pinto da Costa conta que o presidente do FC Porto se reuniu com Reinaldo Teles e com o advogado Lourenço Pinto em que este último revelou estar iminente a detenção do líder portista e de Reinaldo Teles.

Segundo Carolina Salgado, nessa reunião ocorrida a 1 de Dezembro de 2004, Lourenço Pinto terá também falado na detenção iminente de António Araújo, que viria a ser detido. A ex-companheira de Pinto da Costa diz que o empresário de futebol não foi avisado propositadamente.

Ainda de acordo com a ex-companheira do presidente do FC Porto, quer ela própria como Pinto da Costa estavam em Tui, na Galiza, no dia em que ocorreu a detenção de António Araújo.

Na acção que moveu contra o Estado, Pinto da Costa considera que esta detenção resultou num tratamento «vexatório aplicado pelas autoridades» e «danos elevado na sua imagem».

A 3 de Dezembro de 2004, foi lido ao presidente do FC Porto um mandato de detenção a meio da tarde por dois inspectores da Polícia Judiciária e que vigorou apenas por meia hora, até que a juíza Ana Cláudia Nogueira decidiu adiar o interrogatório para quatro dias depois.