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Gomes vai dizer que não quis prejudicar Guterres

Fernando Gomes vai hoje reafirmar as suas declarações à Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, referindo que «nunca pretendeu atingir o primeiro-ministro» com a polémica da Fundação para Prevenção e Segurança.

O ex-ministro Fernando Gomes vai hoje reafirmar, no Porto, as suas declarações à Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais sobre o caso da Fundação para a Prevenção e Segurança, acentuando que «nunca pretendeu atingir o primeiro-ministro».

A Lusa apurou, junto de fonte próxima do ex-ministro da Administração Interna, que na declaração que irá fazer às 18h30, na sessão de abertura oficial do Museu dos Transportes do Porto, Gomes reafirmará tudo quanto disse ontem «em nome da verdade, princípio que sempre pautou as suas acções enquanto autarca e politico».

Gomes, já disse que não vai responder às perguntas dos jornalistas, vai ainda acentuar que, com as suas declarações no Parlamento, ontem, «não pretendeu atingir, pessoal ou politicamente», António Guterres.

A fonte acrescentou que o ex-ministro irá dizer mais logo que «disse apenas a verdade sobre o que se passou» e que «não teve quaisquer segundas intenções».

Nas suas declarações no Parlamento, Gomes considerou «politicamente errado» e «eticamente reprovável» a criação da Fundação para a Prevenção e Segurança, classificando-a como «um instrumento para subverter as regras do funcionamento do Estado» e que a sua criação «tinha servido para se furtar ao controlo da despesa pública e da burocracia» com intenção «de aligeirar processos».

Gomes referiu ainda que o primeiro-ministro estava ao corrente desta situação, e das suas preocupações, desde finais de Junho, deixando António Guterres numa posição incómoda.

Fernando Gomes já contactou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jaime Gama, que se encontra em Bruxelas, comunicando-lhe «não ter condições políticas para aceitar o cargo de embaixador de Portugal junto da OCDE», para o qual já estava indigitado.

Redação