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Socialistas preferem o silêncio e aguardam congresso

Num momento em que o PS ganha novo fôlego para mais uma polémica, as vozes críticas dentro do partido fazem-se sentir. No entanto, a liderança socialista apela ao silêncio, para evitar alimentar uma «caça às bruxas».

Num momento em que o PS ganha novo fôlego para mais uma polémica, as vozes críticas dentro do partido fazem-se sentir. No entanto, a liderança socialista apela ao silêncio, para evitar alimentar uma «caça às bruxas».

Quanto à data do próximo congresso socialista, marcado para Março, não há contestação. No que diz respeito a fazer ouvir as vozes mais críticas dentro do partido, alguns sectores socialistas divergem.

Segundo o líder da bancada parlamentar do PS, Francisco Assis, é aconselhável que o silêncio se mantenha de forma a evitar uma «caça às bruxas».

Também o presidente do partido, Almeida Santos, que aplaudiu Guterres na sua mais recente intervenção, defende que os socialistas não devem ser tentados a sair, para abraçar o estatuto de independentes.

Mas é certo que o momento exige reflexão e esta deverá ser feita no próximo congresso «2000, Que Futuro?», que agora tem um carácter de urgência.

É que, para os socialistas, o apuramento de conceitos parece ser a única forma de reforçar ideias, de modo a dar consistência aos projectos.

Manuel Maria Carrilho, que já apontou algumas vezes certas afinidades entre o governo socialista e social-democrata, (sendo contestado pelo ministro do Equipamento, Jorge Coelho, em nome do Governo), disse mesmo que o caso da Fundação de Prevenção e Segurança se assemelha ao cavaquismo.

Jorge Coelho vai hoje responder perante a Comissão de Assuntos Constitucionais.

Redação