Carrilho voltou a atacar o Governo considerando que as razões para a sua «penosa situação» se devem à difusão da ideia «de um destino europeu» para Guterres e ao facto de nunca se ter dado um objectivo para a «maioria maior».
Manuel Maria Carrilho voltou a atacar o Governo, acusando-o de falta de «visão, energia e determinação» na sua coluna de opinião no «Diário de Notícias» intitulada «Jogos de Racionalidade».
O ex-ministro da Cultura diz que é um erro considerar que as razões «da penosa situação» do Governo se devem aos «conhecidos episódios recentes».
Para Carrilho, o problema «vem de trás» e deve-se a factores como o papel excessivo do Euro 2004, esquecendo-se a educação e a qualificação.
A difusão da ideia «de um destino europeu» para Guterres e também o facto de nunca se ter dado um objectivo para uma «maioria maior» são outros «erros políticos» que Carrilho destaca.
O ex-ministro termina o seu artigo de opinião escrevendo que os políticos se esquecem que as pessoas são «perspicazes» e que descobrem «nas palavras a visão, no passo a decisão, no olhar a convicção. Sabem vê-lo, reconhecendo e premiando estas características ou indentificando e punindo a sua ausência ou o seu eclipse».