O ex-director do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO) vai contestar nos tribunais a decisão da Ministra da Saúde, Manuela Arcanjo, que exonerou toda a administração do IPO.
Vitor Veloso refuta todas as acusações e considera que está a ser alvo de um linchamento público.
O ex-director do IPO vai recorrer aos tribunais para contestar a exoneração decretada pela Ministra da Saúde a toda a administração do IPO.
As acusações dirigem-se por alegado exercício ilegal de clínica privada dentro do instituto, que Vitor Veloso desmente, considerando que a decisão de Manuela Arcanjo é um linchamento público e, por isso, desafia o Governo a apresentar alguma prova da acusação.
Vitor Veloso afirma ainda que, ou a ministra foi mal informada, ou então, está a mentir, acrescentando que «a acção da ministra foi incorrecta em relação à instituição, à estrutura, ao conselho de administração e em relação aos nossos doentes».
Nas palavras do ex-director do IPO, a atitude da ministra não tem explicação possível e aponta que «faz parte da maneira de ser dela, penso que é uma pessoa que não tem perfil nenhum para estar à frente do cargo que exerce, porque é uma pessoa fria, pode ser competente do ponto de vista económico mas não tem qualquer tipo de humanismo».
O próximo passo a dar por parte do Instituto é reagir, que de acordo com Vitor Veloso será através da elaboração de um documento e, a seguir, procurar falar com o presidente da Ordem dos Médicos da Região Norte que, consequentemente tomou uma atitude de colagem à ministra.
Ordem e sindicato elogiam atitude da ministra da Saúde
Ao contrário da direcção do IPO, a secção do Norte da Ordem dos Médicos
elogiou a decisão de Manuela Arcanjo porque «não estava a ser cumprida a legalidade».
Também o Sindicato Ciências e Tecnologias da Saúde se congratulou com a decisão da ministra porque «significa a coragem que a sua antecessora, Maria de Belém, não teve, quando tinha elementos bastantes para a classificação do escândalo que se vive no IPO/Porto há diversos anos».