Severiano Teixeira esteve de visita a Timor-Leste, e fez hoje um «balanço muito positivo» da sua permanência em Díli. Nesta visita ficou decidido que a GNR vai ministrar formação para criar uma futura polícia timorense.
O ministro da Administração Interna português, Nuno Severiano Teixeira, fez hoje «um balanço muito positivo» da sua visita a Díli, durante a qual ficou decidido que a GNR vai ministrar formação para a criação de uma força de reacção rápida da futura polícia timorense.
Esta decisão foi um dos aspectos destacados por Nuno Severiano Teixeira antes de partir de Díli, onde esteve oficialmente durante três dias.
A GNR tem um total de 120 soldades na capital timorense, que constituem uma força de reacção rápida, tendo como principais tarefas a intervenção em casos de distúrbios ou situações de risco acrescido.
É uma unidade semelhante a esta, que as autoridades timorenses pretendem criar, e já pediram o apoio da GNR ao ministro português.
Severiano Teixeira disse ter manifestado «de imediato, a disponibilidade política do Governo» ao mesmo tempo que a GNR manifestava a sua disponibilidade técnica.
A formação terá de ser dada no quadro da Polícia Civil, o que mereceu igualmente a concordância do administrador transitório das Nações Unidas, Sérgio Viera de Mello.
Num próximo passo, especificou o ministro, será «estudado tecnicamente o que é necessário» para concretizar a formação, que deverá passar pelo destacamento de mais elementos da GNR para Timor-Leste.
Também a PSP vai dar formação a quadros policiais, sobretudo oficiais, mas, neste caso, em Portugal, nomeadamente no Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Pública.
A PSP é já responsável por uma academia de Polícia em Díli, que visa formar 3.000 agentes até ao início de 2003, havendo já 300 em funções.
Outras áreas em que o ministério da Administração Interna português se propõe ajudar as autoridades timorenses, são a do controlo de fronteiras e a dos bombeiros e protecção civil.
Para tal, o ministro convidou a responsável por estas áreas no governo de transição, Ana Pessoa, a visitar a Portugal, para discutir com mais pormenores este assunto.
Nuno Severiano Teixeira, que contactou em Díli os portugueses dependentes do seu ministério, os principais responsáveis da administração das Nações Unidas, as autoridades timorenses e o bispo D. Ximenes Belo, disse ter sido «muito gratificante» que todas essas entidades tenham elogiado a forma como Portugal tem acompanhado o processo de transição.