As Forças Armadas têm «confiança absoluta» no trabalho das equipas da NATO que monitorizam as radiações no Kosovo, afirmou uma fonte oficial. Entretanto, a TVI noticiou a morte de um militar por causas não especificadas.
As Forças Armadas Portuguesas têm «confiança absoluta» no trabalho das equipas especializadas da NATO que monitorizam os níveis de radiação no Kosovo, afirmou hoje à Lusa uma fonte oficial.
A fonte declarou que a grande maioria das medições feitas pelos militares portugueses, na zona em que a NATO utilizou bombas e munições com urânio empobrecido, em 1999, revelam «0,0 por cento» de radiações.
A fonte contactada acrescentou ainda que, nos casos onde foram detectados valores mais altos, «nenhum deles está sequer próximo» dos níveis que colocam em risco a saúde das pessoas, assegurou.
«Nunca houve necessidade de tomar medidas excepcionais» para uso dos equipamentos de protecção contra radiações (químicas, nucleares ou biológicas), frisou a fonte.
Foi também referido que, se alguma vez tivesse sido detectada a existência de níveis perigosos de radiação no Kosovo, a área em questão teria sido obrigatoriamente interditada e a informação transmitida a todos os países com forças militares no território.
A fonte próxima das Forças Armadas, disse também «não [ser] muito verosímil» a informação de que as tropas holandesas no Kosovo utilizaram permanentemente equipamentos especiais para prevenir a contaminação com urânio empobrecido.
«Essas medidas tomam-se [quando são detectados níveis de radiação acima do normal] e depois interdita-se a área», já que as características desses fatos impedem uma utilização constante e prolongada, explicou.
Militar português morre por causas não especificadas
Entretanto, a TVI noticiou a morte de um militar por causas não especificadas no início do ano - já em Portugal e dias depois de ter terminado a sua missão no Kosovo. O pai da vítima diz estar convencido que na origem da morte esteve a contaminação com urânio enriquecido.
Fonte militar disse à Lusa que o Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) vai fazer um comunicado para dar a conhecer todos os dados existentes sobre o caso e sobre a situação dos militares portugueses em serviço no Kosovo.
Contudo, o CEMGFA continuava ao fim da tarde a aguardar informações do Exército sobre a morte do referido militar, bem como sobre os procedimentos adoptados para vigiar a existência de quaisquer problemas de saúde associados ao urânio enriquecido.