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«Guterrismo está ameaçado», diz Francisco Assis

O líder parlamentar do PS diz que existe em torno de Guterres, uma mentalidade dominada pelo sectarismo e intolerância. Em declarações ao «Público» e ao «DN», Francisco Assis não poupa críticas ao Governo.

«O partido está a entrar por caminhos perigosos e marcados pela intolerância», diz Francisco Assis. Em declarações ao «Público» e ao «DN», o líder parlamentar do PS não poupou críticas ao Governo, salientando que «existe em torno de Guterres, uma mentalidade dominada pelo sectarismo e intolerância».

Francisco Assis não concorda com a forma como José Junqueiro e Edite Estrela reagiram publicamente às críticas de Manuel Maria Carrilho ao PS e ao Governo.

Assis classifica essas reacções como «um erro político crasso e primário que revela uma pulsão autoritária ainda que não consciencializada», e tenciona dizer isto na próxima reunião permanente do partido.

Sobre as críticas a Manuel Maria Carrilho, que dizem que o ex-ministro ganhou popularidade à conta do PS, Francisco Assis opõe-se a esta ideia lembrando que o ex-ministro da Cultura é doutorado em Filosofia pela Universidade Nova de Lisboa e tem uma vasta obra publicada.

O líder parlamentar da bancada rosa, diz que este tipo de episódios «podem pôr em causa a essência do guterrismo».

Diz ainda que o que está em causa não é a liderança de António Guterres, mas sim a natureza dessa liderança.

Francisco Assis adianta que, «o PS não se pode fechar em torno de um grupo de dirigentes autista que exerce autoridade de uma forma inapropriada». Assis quer evitar que se instale essa mentalidade de corte no partido, dominada pelo secretismo e intolerância.

Redação