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Junqueiro recusa «caça às bruxas» dentro do PS

O socialista José Junqueiro, responde às criticas do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, hoje divulgadas no Público e Diário de Notícias. Para o coordenador da comissão permanente o colega de partido «diz uma coisa e faz outra».

José Junqueiro, alvo das criticas do líder parlamentar do PS, Francisco Assis, hoje publicadas nos jornais Diário de Notícias e Público, analisa o comportamento do colega de partido.

«O meu camarada e amigo Francisco Assis critica e criticou na comissão permanente do PS, as afirmações de Manuel Maria Carrilho e depois critica junto do ex-ministro da Cultura aquilo que foi a opinião da comissão permanente onde ele próprio esteve e falou. Em segundo lugar critica Fernando Gomes pela sua actuação no seio da comissão permanente e depois critica a comissão permanente junto do Dr. Fernando Gomes.»

Interrogado se estava a acusar Francisco Assis de incoerência, Junqueiro limitou-se a responder: «Isto é um relato factual do seu comportamento, não ajuizarei sobre esse mesmo comportamento, mas as pessoas podem ajuizar sobre ele».

As convicções de Junqueiro

José Junqueiro, acusado de ser um dos elementos mais fundamentalistas no ataque a quem pensa de forma diferente entre os socialistas, recusa a ideia de «caça às bruxas» no PS.

«Não há problema nenhum de 'caça às bruxas', há ideia de fazer uma clarificação e de dar nobreza à política, ou seja, deixar de comunicar pelos jornais e dentro dos órgãos próprios assumir com grande determinação aquilo que é a pureza das nossas convicções.»

José Junqueiro gostava ainda «que os interpretes dessa mesma política pudessem ser considerados pelas pessoas como alguém que tem as mesmas opiniões em todo o lado e alguém que emite as suas opiniões e tem a capacidade também de receber a concordância ou a discordância relativamente a essas opiniões».

«Não haverá nunca 'caça às bruxas' no PS, mas é bom que nós evitemos estes bruxedos que por vezes aparecem através destas afirmações que eu penso que em nada ajudam o partido socialista», frisou.

No centro da polémica está Francisco Assis que afirmou hoje aos jornais Público e DN que o PS está a ser dominado por uma atitude de «sectarismo e intolerância».

As acusações do coordenador da comissão permanente surgem por causa dos ataques de José Junqueiro e de Edite Estrela às posições de Manuel Maria Carrilho.

Redação