portugal

«Abstenção é um problema das sociedades modernas»

Jorge Sampaio respondeu esta manhã a algumas criticas que lhe têm feito ultimamente, primeiro o balanço da cimeira de Nice, depois o aumento da abstenção nas eleições por causa de recusar debates a dois.

Foi na inauguração da sede da sua candidatura, em Almada, esta manhã que o candidato presidencial Jorge Sampaio disse que se a abstenção aumentar a culpa não é dele, mas sim de toda a sociedade.

«A abstenção é uma preocupação de todos naturalmente. Eu recuso determinantemente ser o responsável exclusivo por isto ou aquilo nesta matéria. A abstenção é um problema das sociedades modernas. Infelizmente a distância que existe entre cidadãos e política vai crescendo aqui e acolá. Portanto, é uma batalha geral, que compete ao meios de comunicação, aos cidadãos, aos partidos políticos, às associações de todo o tipo, à sociedade civil», disse Jorge Sampaio.

Balanço positivo de Nice

Sobre a cimeira de Nice o presidente candidato fez um balanço positivo, não só da participação portuguesa mas também da própria liderança da União no primeiro semestre deste ano.

«Nós apresentámo-nos em Nice com mais força do que o nosso tamanho real e efectivo. Mais força porquê? Porque temos presença, temos CPLP, erradicamos pelo mundo uma presença portuguesa, fomos capazes de ter pelo mundo uma presença portuguesa, fomos capazes de ter uma presidência portuguesa competente, séria, honrada, determinada, que introduziu na Europa novas metas e objectivos.

Ainda ontem na entrevista à RTP, Garcia Pereira criticava o silêncio de Jorge Sampaio sobre os resultados da cimeira de Nice.

Uma agenda para Portugal

Em Almada, Jorge Sampaio disse ainda que as candidaturas dos seus principais opositores «são servidas por estratégias partidárias». O presidente candidato respondia às constantes críticas de Ferreira do Amaral e António Abreu de que a sua actuação como Presidente da República tem sido parcial face ao PS.

«Tenho a profunda convicção de que fui imparcial ao longo deste mandato. Sou um homem de todas as estações. Não quero ser um protagonista de um jornal ou telejornal. A minha agenda é Portugal, não é partidária», disse Jorge Sampaio.

O candidato apoiado pelo PS acusou ainda dos rivais de serem «instrumentos para outras campanhas eleitorais», assim como de «só se preocuparem com o imediato e não em incentivar o país a pensar estrategicamente a médio e longo prazo».

Redação