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Garcia Pereira critica Caixa Geral da Depósitos

Garcia Pereira, acusou hoje a Caixa Geral de Depósitos de ser «um laboratório das mais graves experiências laborais» e exige que seja explicado por que é que a CGD comprou um aparelho de escutas telefónicas.

O candidato apoiado pelo PCTP/MRPP, Garcia Pereira, acusou hoje a Caixa Geral de Depósitos de ser «um laboratório das mais graves experiências laborais».

Numa visita que efectuou à sede daquela instituição bancária, Garcia Pereira acusou igualmente a CGD de proceder a «violações gravíssimas da intimidade e da privacidade» dos funcionários, exigindo que a empresa esclareça porque, alegadamente, adquiriu um aparelho de escutas telefónicas.

Garcia Pereira reconheceu que, enquanto advogado especialista em assuntos laborais, é parte envolvida em processos de litígio de funcionários da CGD contra a entidade patronal, considerando que a sua visita foi «um momento adequado para defender os interesses dos trabalhadores».

«Bateu-se no fundo em matéria de supressão de direitos dos trabalhadores», acusou o candidato, que hoje divulgou o seu programa para o trabalho, composto por cinco medidas.

Entre as medidas, destaca-se a garantia da manutenção da contratação em caso de fusão, cisão ou cessão de empresas, uma situação que o candidato considerou ocorrer com «cada vez maior frequência».

No programa são igualmente defendidas a garantia de um subsídio de desemprego, de montante idêntico à remuneração líquida média mensal, no caso de despedimento por reestruturação económica, e a proibição das formas de cedência ocasional de trabalhadores entre empresas.

Outras medidas propostas prevêem a criminalização, cumulável com indemnização, nos casos de coacção psicológica e de violação da intimidade e privacidade, e a proibição de modificação unilateral pela empresa das condições essenciais do contrato.

Apesar de não ter ilusões sobre o resultado das presidenciais, Garcia Pereira garantiu que a sua candidatura vai ser levada até ao fim.

«Jorge Sampaio já ganhou as eleições, mas quem as perde é o povo português. A minha candidatura é de resistência e de afirmação», defendeu.

Redação