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Rosas quer rastreio de militares

O Candidatos às Presidenciais 2001 Fernando Rosas defende a necessidade de um rastreio aos militares portugueses que podem ter estado expostos a radiações no Kosovo.

O candidato presidencial apoiado pelo Bloco de Esquerda, Fernando Rosas, defendeu hoje a necessidade de um rastreio urgente a todos os militares portugueses que estiveram no Kosovo.

«Não é compreensível que as autoridades demorem, porque há suspeitas fundadas» de que as radiações provocadas pelo urânio empobrecido, utilizado nas munições usadas pela NATO no Kosovo, provocam doenças cancerígenas, afirmou Rosas.

O candidato protestou ainda contra o que disse ser «o secretismo» das autoridades civis

e militares acerca da morte do primeiro-cabo Hugo Paulino, que participou numa missão militar no Kosovo, e exigiu o «esclarecimento cabal» das causas que o vitimaram.

Fernando Rosas questionou-se sobre o «verdadeiro significado» de missões humanitárias como as da ex-Jugoslávia, onde a NATO largou «30 a 50 mil mísseis», transformando-a numa efectiva operação «de agressão».

Fernando Rosas falou ainda dos perigos a que têm estado sujeitas as populações

locais, além dos riscos que os militares portugueses correram, confirmados pelos indícios de aumento de doenças cancerígenas que, já existem.

O candidato pronunciou-se ainda sobre o papel do Tribunal Penal Internacional de Haia, criado para julgar os crimes cometidos nos Balcãs, ao que se questionou se «não vai também pronunciar-se sobre os responsáveis político-militares da NATO que ordenaram os bombardeamentos?».

Redação