O candidato presidencial António Abreu, considera que no novo milénio o triunfo vai ser das desigualdades, já que vai haver aumento da pobreza e da exclusão social.
António Abreu, o candidato presidencial apoiado pelo PCP, afirma que no próximo milénio o mundo vai entrar numa fase me que as desigualdades vão triunfar, tudo porque haverá um aumento da pobreza e da exclusão social.
O candidato fez uma declaração sobre a pobreza e a exclusão social, e recorreu a números oficiais para considerar «sem margem para dúvidas que o mundo vai entrar num novo milénio com o triunfo das desigualdades, com um número imenso de excluídos».
O candidato visitou o Hospital do Montijo, o centro de Juventude do Vale da Amoreira e a um lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia da Moita, para concluir que na região de Setúbal «têm-se acentuado as assimetrias sociais». Uma situação que associou à «destruição do sistema produtivo».
António Abreu salientou as situações ilegais de muitos imigrantes «porque para muitos empregadores e construtores civis não interessa a regularização da situação laboral dos
Trabalhadores», ao que aproveitou para se afirmar como protagonista da «candidatura
dos que não se rendem perante as falsas fatalidades e a anestesiante resignação cívica que se pretende estender à sociedade como modo de vida».
O candidato referiu o aumento de «fenómenos sociais em relação aos quais não se desenvolveram políticas eficazes para os combater», e apontou como exemplo o fluxo de milhares de pessoas aos grandes centros urbanos «que tem provocado um desenvolvimento urbano desordenado, onde as carências habitacionais fazem proliferar o número de bairros degradados, fontes de marginalidade e de exclusão social».
Abreu criticou as «orientações políticas económicas de carácter neoliberal que revelam regressões e o avolumar de graves problemas que impedem uma vida digna para grandes massas de portugueses».