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Hugo Paulino não morreu devido ao urânio

O soldado português falecido três semanas depois de ter chegado do Kosovo não morreu devido ao urânio empobrecido existente no solo. O relatório da autópsia já foi entregue à família do militar.

Hugo Paulino faleceu devido a uma «encefalite herpética», uma infecção de origem viral, anunciou a TVI.

Está assim afastada a hipótese de morte por exposição ao urânio empobrecido.

O relatório da autópsia já chegou às mãos da família do 1º cabo português que esteve em serviço no Kosovo e que morreu três semanas depois de ter chegado a Portugal.

De acordo com a SIC, a família mantém, no entanto, o pedido de exumação do corpo.

Os familiares de Hugo Paulino dão estar tarde uma conferência de imprensa para revelar a sua posição sobre este caso.

Comandante satisfeito com o rastreio

O comandante dos militares portugueses estacionados em Klina, no Kosovo, considera ser uma boa medida o rastreio médico ordenado pelo Ministério da Defesa, a todos os soldados que já estiveram ou que ainda permanecem na região.

O Ministério quer que todos os militares façam os testes, tendo em conta as dúvidas dos efeitos da exposição às radiações de urânio empobrecido usado nas munições da NATO, e tendo também em conta as mortes suspeitas de militares estrangeiros que passaram pelos Balcãs.

O tenente-coronel Athayde Banazol, comandante do agrupamento estacionado em Klina, disse à TSF que ainda não foi informado de nada oficialmente, mas mesmo assim, pelo que sabe, considera que o Ministério tomou uma boa decisão ao ordenar o rastreio médico.

«É bom que a situação fique esclarecida e que todas as pessoas fiquem tranquilas. Todos os mecanismos disponíveis para apurar a real situação daquilo que se vive são bem vindos, são bem recebidos», considerou.

O tenente-coronel sublinha que também no território foram tomadas medidas de precaução contra eventuais contaminações, desde o momento que surgiram as primeiras notícias que davam conta de possíveis riscos para a saúde dos militares.

«A partir do momento que houve informação ou notícia de que havia algumas zonas onde eventualmente houvesse ainda possibilidade de alguma radiação residual, essas zonas foram sempre evitadas e só quando era estritamente necessário foram atravessadas», acrescentou o militar.

Quanto à alimentação, o comandante dos soldados portugueses em Klina sublinhou que desde sempre os soldados nacionais tomaram precauções.

«A alimentação que é consumida pela força nacional destacada aqui tem duas origens. Uma é nacional, a outra origem é a cadeia de reabastecimento italiana. Havendo um acordo entre as duas partes, Portugal e Itália, nós somos abastecidos de géneros alimentares provenientes dessa cadeia de reabastecimento», revelou.

Redação