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Sampaio defende «leveza» estadual

O candidato às presidenciais, Jorge Sampaio defendeu hoje a ideia de que o Estado Português deve ser mais «leve», ou seja, deverá ser um estado regulador, mas firme, e que «deixe de estar em tanta coisa».

Jorge Sampaio defendeu hoje a necessidade um Estado mais leve, mas firme quando se trata do interesse nacional.

«Precisamos de um Estado regulador, que deixe de estar em tanta coisa», disse Sampaio, distanciando-se da «subsidiodependência» e preconizando regras mais flexíveis para que a Administração não seja um impedimento à capacidade de inovação e de realizar», afirmou.

«Precisamos de uma sociedade civil forte, mas precisamos também de um Estado capaz de impor o rigor, a regulação, capaz de ser acima dos interesses e ter a força política, que lhe vem dos cidadãos, para impor em cada momento o interesse geral», considerou ainda o candidato apoiado pelo PS.

Sampaio defende uma reforma do sistema político, designadamente para resolver os problemas da proximidade e da descentralização, lamentando ter falhado o projecto da regionalização.

O candidato acrescentou que Portugal já não é um país de emigrantes, mas sim um país de imigrantes, salientando a necessidade dos trabalhadores estrangeiros.

«Precisamos que eles estejam em Portugal, reconhecidos, integrados, não explorados, precisamos que eles ajudem ao desenvolvimento português», afirmou.

Quanto aos idosos, trata-se de um problema novo na sociedade portuguesa derivado do facto de hoje a esperança de vida ser muito maior, recordou.

Considerando que o país não estava preparado para este fenómeno, nem a nível da sociedade nem da família, devido ao ritmo da vida actual, Sampaio sublinhou que é preciso «descobrir novas formas, novas maneiras de trabalhar, de regular o horário de trabalho».

«Países mais desenvolvidos que o nosso já perceberam isso e estão a caminhar nessa direcção. Nós não podemos ainda fazê-lo, mas temos de ter a dimensão de perceber que este fenómeno está entre nós e que não podemos viver afastados uns dos outros», concluiu o candidato.

Redação