O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou no Funchal o primeiro-ministro, Santana Lopes, de se associar às inaugurações do líder madeirense em período de campanha eleitoral. Alberto João Jardim pediu o voto aos socialistas, comunistas e populares.
José Sócrates participou na noite de quinta-feira no comício do PS-M para as eleições legislativas regionais de domingo próximo.
«O primeiro-ministro veio cá a uma inauguração fingindo que estava a governar. Ele na verdade veio participar na campanha mas devia ter vindo como dirigente partidário», disse o secretário-geral do PS.
O primeiro-ministro e presidente do PSD, Pedro Santana Lopes, esteve quarta-feira na Madeira para inaugurar o Centro Logístico de Combustíveis, o qual só entrará em funcionamento em Abril de 2005.
José Sócrates disse ainda que a alternância política «é necessária na Madeira" e que só o PS-M está preparado para assumir o poder porque é um partido renovado».
O líder do PS-M, Jacinto Serrão, alertou os eleitores para não se deixarem influenciar pelas «lágrimas de crocodilo» do presidente do PSD-M e candidato à reeleição, Alberto João Jardim, porque este «faz isto há muitos anos».
Entretanto o presidente do PSD-M voltou a erguer a bandeira das inaugurações. Alberto João Jardim apelou aos socialistas, comunistas e populares «honestos» para que «metam a mão na consciência» e votem na obra que foi realizada nos últimos anos na Madeira.
«Metam a mão na consciência e perguntem esta noite a vós próprios: será que o Alberto João merece que se vote contra ele?», disse o líder do PSD-M sobre a obra que o partido realizou na Madeira durante os seus 28 anos de governação.
«Sem querer violentar seja quem for, ao menos aqui esta noite eu peço a quem é socialista honesto, a quem é comunista honesto, a quem é honesto no PP que meta a mão na consciência. Ao menos digam, 'que diabo, o homem fez o que podia fazer. Eu posso continuar a não gostar mas também não vou votar contra ele'», apelou.