Marcelo Rebelo de Sousa admite que existiram pressões que o levaram a sair da TVI, mas não aponta nomes. Depois de 13 dias de silêncio, o professor disse, a noite passada, num jantar com jornalistas da TVI, que saiu por uma questão de «consciência» e «honestidade intelectual».
Num jantar com jornalistas daquela estação televisiva, de onde saiu há dez dias, o ex-presidente do PSD falou pela primeira vez sobre o caso. Marcelo diz que não queria sair da TVI e que a sua decisão de pôr fim aos comentários se deveu a uma «opção de consciência» e de «honestidade intelectual».
Destacou «a importância da liberdade de opinião na comunicação social em democracia» e sublinhou que «faz parte da liberdade de expressão dizer o que se quer e quando se quer» e, também, «escolher o silêncio».
Nesse âmbito, disse que vai manter o silêncio sobre o caso «até ao limite do possível», justificando que na conversa com Pais do Amaral, dono da TVI, e no qual alegadamente terá recebido pressões para abrandar o teor dos comentários, houve «o pedido expresso de não ser narrada a terceiros».
A quem sugeriu que o professor provocou o incidente da saída da TVI para se lançar como candidato à Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa responde: «é uma interpretação ridícula de alguns aprendizes de comentadores».
«Seria uma estupidez, a mais de um ano das presidenciais» perder aquela tribuna, disse Marcelo Rebelo de Sousa.