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Culpa da abstenção é da imprensa, diz João Jardim

Os líderes regionais da Madeira e dos Açores já cumpriram o dever do voto. No Funchal, Alberto João Jardim apareceu nas urnas bem-disposto, preocupado apenas com os números da abstenção.

Alberto João Jardim, eleitor número 506 da freguesia de Santa Luzia, no Funchal, votou por volta das 13 horas. À saída, o presidente do governo regional mostrou-se bem-disposto, preocupado apenas com a abstenção.

Há quatro anos, 38 por cento dos eleitores madeirenses não votaram. João Jardim diz que a culpa é dos meios de comunicação: «Houve meios de comunicação social que, com as sondagens, fizeram tudo para que houvesse abstenção dando vitórias adquiridas, o que as vezes desmotiva as pessoas».

Alberto João votou na escola secundária Francisco Franco, onde também votaram os candidatos do Bloco de Esquerda. O casal bloquista não se chegou a cruzar com jardim, mas deixou a filha para receber o líder do PSD. Joana Martins é a presidente da mesa de voto onde Alberto João Jardim colocou o boletim.

O presidente do governo regional nem sabia que a presidente da mesa era a filha dos seus opositores. Quando descobriu, mostrou-se satisfeito e até elogiou Joana Martins. «Por acaso não sabia que era esta miúda. Mas ela é simpática e bem-educada», disse João Jardim.

Bloco alerta contra manipulação dos votos

Antes do voto de João Jardim, o pai de Joana, candidato do Bloco de Esquerda, deixou um alerta contra a manipulação dos votos: «não é necessário pôr uma cruzinha ou um risco para anular o voto, não e necessário preencher boletins de votos em brancos porque se os eleitores não quiserem votar não votam».

Paulo Martins afirma que em escrutínios anteriores esta situações ocorreram em mesas de voto onde todos os elementos eram indicados pelo PSD.

PS está espera o melhor resultado de sempre

O líder do PS/Madeira está optimista. Jacinto Serrão espera o melhor resultado de sempre em eleições regionais, porque os eleitores já perceberam que o PS mudou.

«Os madeirenses já verificaram que o PS foi a única força politica na região que conseguiu gerar uma estratégia de trabalho, unindo todos os altos dirigentes que estão a credibilizar o partido. O PS/M está mudado e as pessoas já perceberam isso», disse à TSF.

Redação