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BE quer ouvir Morais Sarmento e Gomes da Silva

O Bloco de Esquerda pediu hoje para ouvir no Parlamento o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares sobre os mais recentes casos polémicos que envolvem a comunicação social. Isto no dia em que Morais Sarmento vai fazer uma intervenção sobre «Comunicação Social e Serviço Público».

O ministro de Estado e da Presidência, Nuno Morais Sarmento, vai fazer, esta quarta-feira, uma intervenção na Assembleia da República sobre «Comunicação Social e Serviço Público», segundo informou o seu gabinete.

Morais Sarmento tem estado no centro da polémica depois de ter afirmado, na terça-feira, que o modelo de programação da RTP deve ser defino pelo Governo.

Esta declaração levou o Bloco de Esquerda (BE) a exigir esclarecimentos do ministro da Presidência no Parlamento, bem como do titular da pasta dos Assuntos Parlamentares.

«Estive numa reunião com o ministro Gomes da Silva, entreguei-lhe uma carta pedindo que se disponibilizasse para estar no Parlamento e que transmitisse ao ministro Morais Sarmento o convite para explicar estas iniciativas», disse Francisco Louçã.

O mesmo responsável acrescentou que «Gomes da Silva foi ontem (terça-feira) à Alta Autoridade para a Comunicação Social, mas não veio ao Parlamento porque o PSD e o PP recusam ouvir sobre esta matéria».

PS preocupado com actuação do Governo

De igual modo,o PS não esconde a sua preocupação com a actuação do Governo junto dos órgãos de comunicação social.

«Trata-se de uma escalada no condicionamento da opinião pública e da comunicação social relativamente clara», sublinhou José Sócrates num encontro com o Presidente da República, acrescentando que «as iniciativas do Governo são abusivas e inaceitáveis».

Já no Fórum da TSF, o deputado comunista, António Filipe, considerou que as declarações de Morais Sarmento vão contra a constituição.

Opinião diferente tem o PSD/CDS-PP, que desdramatiza toda a polémica à volta desta matéria.

O deputado social-democrata, Luís Campos Ferreira, sublinhou a ideia de que é preciso definir regras que, no entanto, não tiram liberdade de actuação à RTP.

Redação