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Maioria rejeita protesto do BE sobre actuação da PSP

A maioria PSD/CDS-PP rejeitou esta quinta-feira um voto de protesto apresentado pelo Bloco de Esquerda sobre a intervenção da PSP contra os estudantes na Universidade de Coimbra.

«O que aconteceu ontem na Universidade de Coimbra é impensável e inaceitável num regime democrático», acusou a deputada do Bloco de Esquerda Ana Drago ao apresentar o voto de protesto, que contou com o apoio de toda a oposição.

Os incidentes na Universidade de Coimbra ocorreram a meio da tarde de quarta-feira, quando um grupo de alunos que tentava entrar na sala onde decorria a reunião do Senado foi travado pela PSP, provocando ferimentos em pelo menos um estudante e a detenção de outro.

Para Ana Drago, a lei de financiamento do Ensino Superior, contra a qual os estudantes protestavam, «já só pode ser sustentada pelo autoritarismo e pela eficácia».

PS e Partido Ecologista «os Verdes» associaram-se ao protesto do BE, com o socialista Jorge Strecht Ribeiro a justificar o voto favorável «com a desproporção dos meios utilizados» contra os estudantes e Francisco Lopes (PEV) a «epudiar vivamente a violência e repressão policial».

O PCP entregou hoje um requerimento a exigir ao Governo explicações sobre «a forma despropositada» como actuaram as forças policiais na manifestação dos estudantes da Universidade de Coimbra.

BE queria «condecorar» agressores, diz maioria

A maioria defendeu-se das críticas invocando a necessidade da polícia «proteger as leis democraticamente aprovadas».

«Comparar esta intervenção proporcional da PSP com o que se passava antes do 25 de Abril é um insulto, é uma obscenidade e uma agressão à honra daqueles que lutaram pela democratização das instituições académicas», disse o vice-presidente da bancada do PSD Gonçalo Capitão.

«Se calhar o Bloco de Esquerda também achava que os elementos que agrediram as forças de segurança deviam ser condecorados», ironizou Capitão, defendendo que a polícia usou de proporcionalidade» em Coimbra.

Redação