Após quatro horas de discussão, a Assembleia Municipal da Câmara do Porto aprovou a sua Sociedade de Reabilitação Urbana. O «sim» à proposta de Rui Rio foi conseguida graças à abstenção dos socialistas.
A Assembleia Municipal do Porto aprovou, esta terça-feira de madrugada, a criação da Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU), encarregada de apoiar a recuperação dos imóveis da «Baixa» da cidade, graças à abstenção do Partido Socialista, uma vez que a coligação PSD/CDS-PP não tem maioria absoluta.
Depois de ver a sua proposta rejeitada por toda a oposição na reunião ordinária de dia 11 de Outubro, Rui Rio assegurou o «sim» à SRU Porto Vivo, após quatro horas de discussões, essencialmente centradas na participação no capital da Porto Vivo do Instituto Nacional de Habitação.
O INH acabou por ficar em 60 por cento do capital, muito embora tenha ficado estabelecido que o Instituto aceita reduzir a sua participação a menos de 50 por cento, no prazo de três anos, caso a autarquia assim o deseje.
O PS explicou a sua abstenção com o facto de ter «visto respeitadas as condições mínimas essenciais para a viabilização desta sociedade».
«Dêmo-la de prenda de anos ao senhor presidente da câmara. Esperamos sinceramente que seja também uma prenda de anos para a cidade. Se não for, o PS estará aqui a exigir responsabilidades não à administração da SRU, mas ao0 presidente da câmara», acrescentou Carlos Ribeiro.
Para o presidente da autarquia portuense, que assegurou nunca ter tido a intenção de se demitir caso não conseguisse a aprovação deste projecto, a aprovação da SRU não foi uma vitória pessoal, mas sim um triunfo para a cidade.
«Nem que eu quisesse ceder mais não havia mais por onde ceder. O que interessa é que o projecto seja exequível, que os seus estatutos estejam aprovados. Com estes instrumentos podemos trabalhar. Não interessa quem ganha ou perde», afirmou Rui Rio.