Apesar do desmentido da alegada sesta de Pedro Santana Lopes, após o debate do Orçamento de Estado (OE) e antes da festa Moda Lisboa, cerca de metade dos seguranças pessoais do primeiro-ministro foram substituídos.
No entanto, a justificação oficial dada aos agentes da PSP que «protegem» Santana Lopes, refere apenas uma rotação periódica dos seguranças.
De acordo com o que a TSF apurou, a decisão de substituir os seguranças está directamente ligada à alegada sesta se Santana Lopes, ou seja, a notícia avançado pelo jornal «Expresso» terá sido atribuída aos seguranças pessoais.
Segundo o que a TSF conseguiu desvendar, a maioria dos agentes substituídos pelo primeiro-ministro estava de serviço no dia que a festa da Moda Lisboa se realizou.
Entretanto, o gabinete de Santana Lopes desmentiu as informações vindas a público, mas o sucedido despertou a irritação do primeiro-ministro, que quis resolver desde logo o assunto até estar totalmente esclarecido.
Normalmente, as rotações neste tipo de segurança pessoal fazem-se de seis em seis meses, salvo raras excepções em que os seguranças permanecem com as respectivas entidades durante vários anos.
Neste caso específico, metade dos cerca de 15 seguranças «protegeram» Santana Lopes menos de três meses.
A este nível não há memória de uma substituição tão rápida e tão numerosa no Governo, nem mesmo quando um segurança do Presidente da República foi acusado de tráfico de droga.
Por outro lado, a direcção nacional da PSP disse à TSF que não tem qualquer comentário a fazer.
Contactado pela TSF, o gabinete de Santana Lopes ressalvou que não tem qualquer responsabilidade na nomeação dos seguranças.