Miguel Veiga não vai faltar ao Congresso do PSD e promete lançar muitas críticas contra Santana Lopes. O histórico do PSD considera que os três meses de Santana no Governo não lhe dão motivos para alterar a sua posição sobre o actual primeiro-ministro.
Ao contrário de Manuela Ferreira Leite, Miguel Veiga, também crítico de Santana Lopes, não vai faltar ao Congresso do PSD, que começa na sexta-feira, em Barcelos.
Na reunião magna do partido, o histórico dos sociais-democratas vai manter as críticas ao primeiro-ministro que, de resto, já o tinham levado a votar várias vezes contra o ex-presidente da Câmara de Lisboa no Conselho Nacional do PSD.
Para Miguel Veiga, os três meses do Governo de Santana Lopes confirmaram aquilo que já esperava, ou seja, deram-lhe um «sentimento de falta de credibilidade» à volta do Governo, que entende ter tido «uma certa forma de precipitada, errática e desorganizada do exercício do poder».
Diferente de Santana Lopes, Miguel Veiga entende que neste congresso já deveria ser convidado um candidato às eleições presidenciais, mas também a este respeito seria importante saber se Santana Lopes está na corrida a Belém.
Quanto às legislativas, o histórico do PSD/Porto considera que uma coligação com o PP é negativa, uma vez que os militantes do partido não gostam da união aos populares. «O povo PPD não quer a fusão ou a confusão com o PP, não quer», explicou.
Miguel Veiga disse ainda acreditar na possibilidade de Santana Lopes quer «meter amigos» na Comissão Política do partido, tal como fez no Governo, e afirmou desconhecer algum tipo de problema entre Rui Rio, de quem apoiante convicto, e Luís Filipe Menezes.