João Jardim não quer uma coligação com o CDS/PP e defende uma aproximação ao PS, caso os socialistas estejam disponíveis. O líder do PSD/M disse ainda estar disposto a votar em Cavaco Silva, caso este seja o candidato presidencial do partido.
O presidente do Governo Regional da madeira mostrou-se, esta sexta-feira, contra uma coligação do PSD com o CDS, por causa da atitude «desleal» de Paulo Portas nas últimas eleições regionais.
«As regionais deram-me uma má imagem do CDS/PP. O PSD/Madeira foi sempre um apoiante da coligação no continente e a forma como Paulo Portas agiu na região, apoiando um pequeno bando de dois deputados com um discurso de extrema-esquerda, deixou-me de sobreaviso», afirmou o líder madeirense no Congresso do PSD, que se iniciou esta sexta-feira.
Esta atitude do presidente do PP, que o deixou «chocado», fez com que João Jardim deixasse de apoiar a coligação com os populares, defendendo uma ligação ao PS, caso este esteja disponível.
«Nesta altura, justificava-se um novo Bloco Central para alterar o sistema constitucional. É uma hipótese que deve estar em cima da mesa», defendeu o presidente do PSD/Madeira, em Barcelos.
João Jardim aproveitou ainda para confirmar que os deputados do PSD/Madeira no hemiciclo de São Bento votarão a favor do Orçamento, pois já receberam as garantias que pretendiam de Bagão Félix, nomeadamente no que toca à promessa de revisão das propostas de alteração da Zona Franca da Madeira, de modo a que se mantenha como «off-shore».
O líder madeirense defendeu ainda a eleição directa do líder do PSD e, apesar de não apoiar Cavaco Silva, que considerou ser o candidato do «situacionismo», disse que estaria disponível a votar nele, caso este seja o candidato presidencial do partido, numa lógica do «mal menor».
O XXVI Congresso Nacional do PSD, sob o lema «Verdade», começou esta sexta-feira em Barcelos, tendo os trabalhos sido abertos pelo presidente da mesa do Congresso, Dias Loureiro.
Um fundo laranja, cadeiras azuis, dois ecrãs gigantes e o lema «Verdade» e «Geração Portugal» dominam o palco onde estão sentados os membros dos órgãos dirigentes do partido.