portugal

Imprensa avança com motivos para demissões

A imprensa explica, esta segunda-feira de manhã, que as demissões na RTP, de José Rodrigues dos Santos e restante equipa de informação, estão relacionadas com divergências acerca do lugar de correspondente em Madrid.

Em comunicado, o Conselho de Administração da RTP explica que a demissão foi justificada com «uma simples nomeação de um correspondente no estrangeiro». Esta manhã os jornais contam que se trata deste lugar em Madrid.

A direcção de informação tinha optado por um repórter que acabou por não ser a escolha realizada pela administração que optou uma jornalista que ficou em quarto lugar no concurso interno para substituir o correspondente na capital espanhola.

A escolha de Rosa Veloso para substituir Cesário Borga foi vista por José Rodrigues dos Santos como uma interferência na linha editorial da televisão do Estado. As candidaturas para este lugar foram apreciadas por um júri que integrou o director de informação, o coordenador do telejornal e o sub-director dos recursos humanos.

O resultado do concurso foi comunicado à administração em Julho, mas a lista com as classificações nunca foi divulgada. Só no dia 8 de Novembro, uma nota da administração dava conta do nome de Rosa Veloso e explicava que para além da avaliação do júri foi tido em conta o interesse da empresa.

Na edição de hoje, o Correio da Manhã, diz que com a demissão da direcção da televisão do Estado está aberto o caminho para uma fusão entre as redacções da RDP e RTP, a que José Rodrigues dos Santos sempre se opôs.

O jornal «A Capital» diz que na origem destas demissões também estão pressões políticas no conteúdo editorial.

O Conselho de Redacção da RTP já se pronunciou sobre estas alegadas interferências, adiantando que considera «infundada» e «abusiva» uma relação entre estas demissões e ingerências na linha editorial da televisão pública.

Redação