O líder da bancada parlamentar do PSD Guilherme Silva considerou que o OE «incomoda a oposição». Já o presidente do grupo parlamentar dos populares Nuno Melo acusou Sócrates de «antes exigir o fim dos benefícios fiscais e agora aplaudir o contrário».
O líder parlamentar dos sociais-democratas defendeu que o Orçamento «incomoda a oposição», questionando se o voto contra já anunciado pelo PS, PCP e Bloco de Esquerda é contra algumas medidas do OE que a maioria defende como boas para os portugueses.
«Este voto contra é contra o aumentos dos funcionários públicos, contra o aumento das pensões mínimas, contra o combate à evasão e à fraude fiscal?», perguntou Guilherme Silva aos partidos da oposição.
Logo a seguir, foi a vez de Santana Lopes desafiar o PS a apresentar uma proposta credível para o Orçamento. «Não nos podem dizer para baixar o défice sem dizer onde cortariam nas despesas. Ou não aumentariam os funcionários públicos?», perguntou.
Santana disse ainda que «mais de 80 por cento dos portugueses que paga impostos vão pagar menos IRS já em 2005» e lembrou que os socialistas consideravam anteriormente os benefícios fiscais como um «instrumento que favorecia as instituições bancárias».
«Queremos que tenham uma vida cada vez melhor aqueles que têm mais dificuldades e que recorrem aos instrumentos tradicionais de poupança, como os certificados de aforro», concluiu.
O líder da bancada do CDS/PP recuperou a crítica de Santana ao PS, ao dizer que Sócrates «antes exigia o fim dos benefícios fiscais e agora aplaude o contrário», classificando, ao mesmo tempo o OE de «momento de viragem para Portugal».