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Sampaio justifica veto com crise económica

O Presidente da República avançou, esta segunda-feira, com mais um motivo para o veto à central de informação do Governo: as dificuldades financeiras que o país atravessa.

Para além do argumento da crise nas contas públicas avançado esta segunda-feira pelo Presidente da República, Jorge Sampaio já tinha dito na última edição do jornal «Expresso» que chumbou o projecto do Executivo por considerar que não existe falta de publicitação da actividade do Governo.

O chefe de Estado considera também que não é com esta central de informação que se promove a participação dos portugueses na vida política.

Agora fica também a saber-se que Jorge Sampaio alegou o apertar do cinto dos portugueses ao nível das finanças. O presidente da República diz que nos últimos anos as dificuldades económicas do país obrigaram a reformas, racionalização de meios e à imposição de grandes sacrifícios salariais aos funcionários públicos.

Sampaio considera que para que tudo não tenha sido em vão é preciso «uma gestão rigorosa dos recursos disponíveis e uma justificação acrescida para a criação de novos departamentos governamentais».

No texto que fundamenta a decisão do presidente recorda-se que o diploma sobre a central de comunicação criaria um «novo departamento com quadro de pessoal e estrutura dirigente própria, com pelo menos sete coordenadores e chefes, grande parte deles equiparados a directores de serviço».

As outras justificações para este veto já são conhecidas. Jorge Sampaio defende que não há falta, mas excesso de presença estatal e governamental nos meios de comunicação.

Redação