A audiência de julgamento do processo Casa Pia foi retomada ao inicio da tarde, após uma interrupção de cerca de duas horas. Durante a manhã, o julgamento foi interrompido por alguns minutos, depois de um dos advogados de defesa ter requerido a suspensão da audiência.
A audiência, iniciada às 10:30, foi interrompida cerca das 12:45, para almoço, e retomada às 14:45.
À saída do Tribunal, após a interrupção para almoço, Ricardo Sá Fernandes e José Maria Martins, advogados de dois arguidos no processo de pedofilia da Casa Pia, escusaram-se a falar sobre o andamento dos trabalhos.
Ao final da manhã, o julgamento acabou por ser interrompido por alguns minutos, depois de um dos advogados de defesa ter requerido a suspensão da audiência.
O requerimento a pedir a suspensão da audiência foi apresentada pela advogada do médico João Ferreira Diniz, um dos oito arguidos do processo.
O requerimento diz respeito ao despacho da juíza Ana Peres, de terça-feira, que dá aos arguidos e ao Ministério Público um prazo de dez dias para se pronunciarem sobre os actos que devem ser declarados validos ou inválidos, mediante um acordo do tribunal da Relação de 17 de Março de 2004.
Aquele tribunal superior considerou nulo o despacho do 5º juízo do Tribunal do Instrução Criminal de Lisboa que remeteu os actos do processo Casa Pia, que lhe calhou por sorteio, para o seu colega Rui Teixeira, do 1º Juízo.
Entretanto, a juíza que preside ao julgamento do processo Casa Pia, Ana Peres, anunciou que pediu uma sala no Tribunal de Monsanto para realizar as audiências.
De acordo com a magistrada, se houver uma sala disponível naquele tribunal, durante pelo menos os próximos dois meses, o julgamento poderá decorrer em Monsanto, e não na Boa Hora, cujas condições não serão as melhores para um caso com esta dimensão.