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Jorge Sampaio critica «laxismo» do país

Jorge Sampaio considera que os portugueses estão pouco sensibilizados para as questões do Ambiente. Esta sexta-feira, nas jornadas ambientais, o presidente ouviu os especialistas discutirem as alterações climáticas, num tom pouco optimista.

Até ao fim do século, a temperatura média nalgumas zonas de Portugal pode aumentar cinco graus e, por ano, iremos ter cem dias em que os termómetros não vão baixar dos 35 graus centígrados. Além disso, a chuva vai diminuir e a tendência para os fogos florestais vai crescer.

Foi este o cenário traçado por cientistas portugueses a Jorge Sampaio. No final do encontro, o Presidente da República deixou um recado: «este laxismo tem vindo a mudar, porque as multas (de crimes ambientais) finalmente aumentaram, mas durante décadas as multas em Portugal eram mínimas, valia a pena pagar as multas e não cumprir a lei».

Uma atitude que Sampaio quer mudar. O presidente - que depois das jornadas vai visitar a Serra do Caldeirão, onde arderam quarenta mil hectares de floresta - ouviu também o reitor da Universidade do Algarve, Adriano Pimpão, tecer duras críticas às políticas que tem sido seguidas.

«O senhor presidente vai encontrar muitos que lhe dirão que não há ordenamento oficial, nem limpeza particular das matas, mas isso é resultado da descoordenação de muitas políticas ou mesmo da falta delas», salientou o reitor.

Redação