O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, alegou esta terça-feira, em Fátima, que o ministério pondera encerrar algumas maternidades no interior do país a fim de evitar situações de risco para os doentes e não para poupar dinheiro.
O facto de algumas maternidades terem poucos partos leva a uma falta de prática dos médicos que pode ser prejudicial em casos mais complicados, disse o ministro da Saúde aos jornalistas no 18º Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que começou hoje em Fátima.
«Quando numa maternidade há apenas um parto por dia pode acontecer um caso difícil e o médico que lá está não tem prática, porque, estatisticamente, só há casos difíceis de nove em nove meses ou de ano a ano», afirmou Luís Filipe Pereira, rejeitando as críticas de que tem sido alvo por parte de outros partidos, autarcas e utentes.
«Por isso, ao contrário do que se tem dito, aqui a questão não é uma questão economicista de poupar dinheiro», disse, sublinhando que «esta reforma não é para poupar dinheiro, é para gastar bem».
Na caracterização que foi feita, é proposta o encerramento de algumas maternidades no interior do país, mas Luís Filipe Pereira nega que já exista uma decisão quanto às unidades a encerrar.
«Há uma caracterização» mas «outra coisa são decisões» e o «que estamos a tentar é fazer com que as pessoas tenham menos riscos, melhores cuidados de saúde», notou, prometendo «ponderação e equilíbrio» na análise deste problema.