O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, responsabilizou o Presidente da República, Jorge Sampaio, pela actual crise política e considerou «inqualificável» o comportamento do ex-líder do PSD Cavaco Silva.
Alberto João Jardim disse ainda que o PSD deve ir sozinho a eleições e só depois fazer alianças.
«O Presidente da República tem de ser criticado por esta atitude, não se dá posse ao Governo no mês de Julho para a seguir o demitir no mês de Novembro só porque há uns senhores da comunicação social que batem no Governo, só porque há uns senhores empresários a quem este Governo não fez os fretes a que estão habituados que se lhes façam neste país».
Para Alberto João Jardim, o Governo foi demitido porque «o PS teve tempo para se ver livre de Ferro Rodrigues, que era conveniente que se visse livre dele, e tem, agora, já, uma direcção que é uma cópia da direcção Guterres para
pior e, portanto, estavam criadas as condições para o PS já poder ir a eleições».
«Branco o é, galinha o põe, não me venham com quaisquer outras explicações», disse.
Jardim considera «inqualificável» comportamento de Cavaco
Alberto João Jardim considerou também «inqualificável o comportamento e as declarações» do ex-primeiro ministro e ex-líder do PSD, Cavaco Silva.
«Cavaco Silva anda a fazer declarações públicas que prejudicam o PSD, que causam agitação e instabilidade no país e que ainda por cima tem a ousadia de se permitir definir quem são os bons e os maus políticos», referiu.
«Em democracia - lembrou o governante madeirense - os maus políticos são aqueles que são rejeitados pelo povo e o povo já o rejeitou numas eleições presidenciais.»