José Sócrates pediu uma maioria para que o PS possa por em prática um projecto político que não seja interrompido. O líder socialista responsabilizou ainda Santana Lopes e a maioria governamental pela actual crise do país.
O secretário-geral do PS pediu, esta sexta-feira, em Torres Vedras, uma maioria nas próximas legislativas antecipadas, que permita ao partido por em prática sem interrupções um projecto político.
«Não queremos uma maioria para ter mais poder, mas porque é condição para haver governabilidade em Portugal, para haver estabilidade e para a aplicabilidade de um projecto que tenha princípio, meio e fim e que não seja interrompido», afirmou José Sócrates.
Perante algumas centenas de simpatizantes e militantes, o líder socialista pediu aos portugueses para participarem «na construção de uma maioria», reforçando que um «voto no PS será uma oportunidade para um novo projecto político de modernidade e futuro».
Sócrates dirigiu ainda críticas ferozes a Santana Lopes, responsabilizando-o pela «crise política em que vivemos», uma responsabilidade que estendeu também à maioria PSD/CDS-PP.
«Tiveram tudo para governar, uma maioria e a cooperação do Presidente da República que lhes deu todas as oportunidades e uma oposição responsável por parte do PS. Tiveram tudo e tudo desperdiçaram», acrescentou.
O líder do PS criticou ainda a performance da maioria na questão do desemprego, notando que afectou nos últimos dois anos e meio mais 150 mil pessoas, assinalando ainda que o Governo «falhou a sua única obsessão, que foram as contas públicas, pois está pior o défice e a dívida pública».