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Sampaio defende que luta não é só do Governo

Jorge Sampaio defendeu que a língua portuguesa deve ser defendida pelo Governo e por empresas, sindicatos e autarquias. O Presidente da República voltou ainda a pedir que se combata o insucesso escolar em Portugal.

O Presidente da República defendeu, esta terça-feira, que as conclusões da conferência «A língua portuguesa: presente e futuro», organizada pela Fundação Calouste Gulbenkian, devem ser entregues aos partidos políticos e aos grupos parlamentares.

«O português é uma questão básica», realçou Jorge Sampaio, que entende que os personagens políticos devem ser confrontados com aquilo que fizeram ou não pela língua portuguesa.

O chefe de Estado considerou ainda que esta questão «deve estar ligada ao primeiro-ministro» e que deve envolver todo o executivo, devendo ser feita uma «diplomacia cultural» para que se possa promover no estrangeiro os «produtos culturais portugueses».

No último dia da conferência, Sampaio apelou ao combate ao insucesso escolar, que considerou um «desiderato nacional», tendo criticado a sucessão de currículos escolares, defendendo a necessidade de «estabilidade, coordenação e capacidade de avaliação» no Ensino em Portugal.

«Quando me apresentam um currículo escolar novo para promulgação, eu questiono se foi feita uma avaliação aos resultados do currículo anterior. Não há avaliação alguma», disse.

Sampaio considerou ainda que a defesa da língua deve também ser feita por autarquias, sindicatos e empresas, no quadro de um «sistema aberto, moderno e capaz», e também que o número de bibliotecas deve aumentar, especialmente em locais afastados dos grandes centros.

Redação