Às 20:30 desta terça-feira, PSD e CDS-PP anunciaram que vão concorrer às eleições antecipadas sozinhos, com listas separadas, mas já com um acordo de coligação pós-eleitoral.
«Vamos cada um por si, com listas próprias foi esse o acordo a que chegámos para atingir o objectivo que queremos para Portugal», afirmou o líder do PSD, Pedro Santana Lopes.
Santana Lopes recordou que os dois partidos se apresentaram a votos separados em 2002 e tiveram maioria suficiente para formar Governo.
«Assim faremos de novo para que aconteça de novo», afirmou o líder do PSD sublinhando que esta maioria tinha um projecto comum que «foi interrompido».
«Faz sentido continuar esse projecto», acrescentou, numa declaração conjunta com Paulo Portas, líder do CDS-PP.
Paulo Portas explicou de seguida o acordo «simples e directo» do PSD e o CDS-PP, onde fica expresso que os dois partidos vão concorrer sozinhos, embora se comprometam a formar Governo em caso de vitória eleitoral.
«Trata-se de um compromisso firme de darmos a Portugal uma solução estável e coerente, baseada nestes dois partidos», considerou Paulo Portas, salientando que o PSD e o CDS são forças políticas «diferentes, com valores próprios e programas distintos».
«Assim não há constrangimentos para ninguém. Significa que os portugueses podem escolher», afirmou, considerando que «cada partido tem uma mais valia».
Na declaração, lida aos jornalistas num hotel de Lisboa, estiveram ainda os secretários-gerais dos dois partidos, Miguel Relvas (PSD) e Pedro Mota Soares (CDS-PP).