Carlos Silvino começa, esta manhã, a prestar declarações no Tribunal de Monsanto no âmbito do processo Casa Pia. A juíza Ana Peres tinha decidido que a sessão seria à porta fechada, mas depois de alguns advogados terem pedido para que a audiência fosse aberta, o colectivo de juízes decidiu reflectir.
O julgamento do processo Casa Pia entra na fase da produção de prova e dos sete arguidos há três que querem ser desde já ouvidos. Carlos Silvino deverá ser ouvido esta quinta-feira de manhã.
Tudo indica que o interrogatório vai decorrer à porta fechada, apesar de alguns advogados defenderem que os jornalistas deviam assistir à sessão.
São dois os requerimentos que solicitam a abertura da quinta sessão aos jornalistas e público. José Maria Martins e Adelino Granja consideram que uma vez que Carlos Silvino não se opõe à presença da comunicação social não faz sentido a exclusão da publicidade anunciada, na terça-feira, pela juíza Ana Peres.
Por isso os dois advogados esperam que o colectivo lhes dê razão e permita a presença dos jornalistas.
Está previsto que, esta quinta-feira, se inicie a produção de prova no Tribunal de Monsanto, com a audição de Carlos Silvino, que já demonstrou a intenção de colaborar com a justiça neste processo.
Também Manuel Abrantes, o antigo provedor adjunto da Casa Pia e Carlos Cruz afirmaram na última sessão que pretendem prestar declarações nesta fase do julgamento.
Os outros arguidos, Ferreira Dinis, Hugo Marçal, Jorge Ritto e Gertrudes Nunes, garantiram para já o silêncio, reservando declarações para a altura que considerarem mais conveniente.