A juíza que preside ao colectivo que está a julgar o processo de pedofilia da Casa Pia alterou esta quarta-feira a decisão inicial de fazer o julgamento à porta fechada, permitindo que os jornalistas assistam às sessões em que falem arguidos.
O julgamento do processo da Casa Pia vai ser aberto aos jornalistas. A decisão foi tomada pela juíza que preside ao colectivo de juízes, depois de várias horas de ponderação, indo ao encontro da opinião da maioria dos advogados.
O público em geral continua a não poder assistir ao julgamento. Apenas a comunicação social vai poder assistir às audiências em que forem prestadas declarações dos vários arguidos.
Em paralelo, o advogado de Carlos Silvino, José Maria Martins requereu a audição em separado do seu cliente em relação aos restantes co-arguido do processo.
Maria Martins justificou este requerimento com o facto de que, só com a ausência dos restantes arguidos, Carlos Silvino poderia prestar depoimento livremente.
Este pedido foi aceite pela juiza após a audição dos advogados intervenientes no processo.
O procurador do Ministério Público disse compreender os motivos invocados por Maria Martins e mostrou-se favorável ao deferimento do requerimento, uma opinião partilhada por António Pinto Pereira, advogado da Casa Pia.
Já Adelino Granja, Paulo Sá e Cunha, advogado de Manuel Abrantes, Joaquim Moreira, advogado de Jorge Ritto, Serra Lopes, advogado de Carlos Cruz, Maria João Rocha, advogada de João Ferreira Diniz, manifestaram a opinião de que não existem fundamentos para que o requerimento de Carlos Silvino seja deferido.