portugal

Durão Barroso deixou «Governo morto»

O presidente do PS, Almeida Santos, acusou o ex-primeiro-ministro Durão Barroso de ter deixado um «Governo morto» a Pedro Santana Lopes, ao demitir-se para presidir à Comissão Europeia, e que este nunca o conseguiu «reanimar».

«Este Governo nasceu morto. Não teve um dia de estado de graça. O único que me lembro de ter um só dia de estado de graça foi o quinto governo [provisório], de Vasco Gonçalves, e este nem um dia teve», afirmou António Almeida Santos, no encerramento do jantar de Natal do grupo parlamentar do PS.

«E quem deixou o Governo morto foi o anterior primeiro-ministro», completou o presidente do PS, acrescentando depois que Pedro Santana Lopes nunca conseguiu «reanimar» o executivo.

Almeida Santos salientou também a importância de o PS ganhar as eleições legislativas antecipadas, devido à situação em que o país se encontra em termos de desemprego, de «pobreza» e de défice orçamental.

«Estas não são eleições iguais às outras. São decisivas. Ou endireitamos agora a vara torta ou a vara ficará torta para sempre», declarou.

Durante um discurso de cerca de 20 minutos, o presidente do PS defendeu ainda que, durante a campanha, os socialistas devem fazer passar a mensagem de que PSD e CDS-PP não poderão fazer um governo melhor do que o actual.

«O que é preciso dizer ao povo português é que, quando os partidos são os mesmos, as políticas também são as mesmas», disse Almeida Santos.