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Quercus a par de tudo

Francisco Ferreira, da Quercus, que faz parte da comissão instituída pela Secil para acompanhar a co-incineração na cimenteira de Outão, diz que sabia da autorização do Ministério do Ambiente para este projecto, depois da notícia do Expresso que diz que tudo estava no segredo dos deuses.

O ambientalista Francisco Ferreira lembrou que a co-incineração em causa diz respeito a resíduos industriais banais, não perigosos, por isso é inofensiva.

Francisco Ferreira, apenas levanta algumas dúvidas sobre a queima de farinhas contaminadas com BSE.

Quanto à suposta autorização para a queima de pneus na cimenteira SECIL, o ambientalista prefere distanciar-se.

«O período de experimentação só começará em Fevereiro ou Março, a comissão de acompanhamento ainda não tem um parecer sobre este aspecto», adiantou.

O médico Massano Cardoso, que fez parte de uma comissão independente para a co-incineração, sublinha precisamente os perigos para a saúde pública que decorrem da queima de pneus.

«Há indicações de que a sua queima é acompanhada da emissão de substâncias perigosas, apesar de não ser considerado um resíduo industrial perigoso, não deixa de constituir uma fonte de poluição», afirmou.

Opinião diferente tem José Cavalheiro. O médico sublinha que não existem perigos desde que tudo seja feito de acordo com as normas.

«A queima em cimenteiras se for realizada lançando os resíduos no queimador principal não há nenhuma substância que possa constituir perigo, porque ao se atingir os dois mil graus as substâncias ficam decompostas e depois são queimadas e destruídas», explicou.