A hipótese do PSD e CDS-PP concorrem coligados nas próximas eleições legislativas ainda está em cima da mesa, apesar das indicações de que iam "separar os trapinhos". Entretanto, o PS afirma que vai concorrer sozinho e quer maioria absoluta.
Santana Lopes terá apresentado argumentos que terão feito Paulo Portas pensar tudo outra vez e já nenhum dirigente dos dois partidos arrisca sequer uma previsão sobre o futuro de uma aliança entre PSD e os populares.
Quando quarta-feira passada Paulo Portas anunciou que já tinha tomado uma decisão, percebeu-se que o presidente do CDS-PP estava inclinado para avançar sozinho nas eleições.
Só que as inclinações de Santana Lopes alteraram as prioridades. O primeiro-ministro admitiu abandonar o Governo, mas Paulo Portas convenceu-o a desistir da ideia. O Conselho de Ministros reuniu-se na residência oficial e Santana Lopes anuncia a demissão do Executivo.
No Largo do Caldas, pouco depois, Paulo Portas, insistia no ataque ao presidente e deste encontro saiu mandatado para decidir sobre a melhor estratégia eleitoral.
A demissão do Governo deu o pretexto para adiar uma decisão, já com encontro marcado com Santana Lopes, que aconteceu ontem à hora do almoço.
A meio da tarde circulava a informação de que o dossier estava fechado e que a decisão poderia tornar-se certa e publica na segunda-feira, mas até ao momento nada parece definido.
O efeito deste compasso de espera começa a ganhar efeitos de "tabu", já não por qualquer questão de Estado, mas por mera estratégia partidária.
Quanto ao PS, à frente de todas as sondagens, há muito que afirmou que vai concorrer sozinho. Esta manhã o jornal Público diz que se José Sócrates não tiver a maioria absoluta admite um acordo com o Bloco de Esquerda, mas nunca com o PCP.
Em contacto com a TSF, o líder socialista diz que esta notícia é «falsa» e voltou a reiterar que o PS quer uma maioria absoluta.