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Alegre critica taxas para cirurgias e internamentos

Manuel Alegre lembrou que não existe na Constituição um «compromisso de aplicação de taxas moderadoras». O deputado, no lançamento da página da Internet do MIC, explicou ainda que as «reformas têm de ser feitas com as pessoas».

Manuel Alegre criticou a aplicação de taxas de utilização em internamento e cirurgias que o Governo pretende aplicar, lembrando que está inscrito na Constituição um compromisso «com a defesa da escola pública, com a modernização do SNS, com a manutenção da solidariedade entre gerações na Segurança Social».

«Não é o compromisso de aplicação de taxas moderadoras sobre cirurgias e internamentos nem o aumento dos impostos sobre os pensionistas e o da extinção de urgências. Pediram-me para falar e eu quando falo digo o que penso», explicou.

Na sessão de lançamento da página da Internet do Movimento Intervenção e Cidadania (MIC), o deputado socialista frisou ainda que as «reformas têm de ser feitas com as pessoas».

«Mesmo as mais difíceis, mesmo as que implicam romper com lógicas corporativas, mesmo essas exigem o respeito pelas pessoas. É preciso que quem exerce com legitimidade o poder democrático não se feche em si mesmo nem deixe de ouvir a voz da rua», acrescentou.

Depois das críticas, Alegre elogiou a acção do Governo considerando positivo que este «tenha finalmente dito basta aos excesso e abusos do Governo Regional da Madeira, tornando claro que as leis têm de ser cumpridas por todos».

Na sua intervenção, o ex-candidato presidencial recordou as palavras do seu antigo adversário, Cavaco Silva, sublinhando a necessidade de um combate sério à corrupção, defendendo que «um cidadão pronunciado, ainda que sem por em causa a presunção de inocência, não deve poder candidatar-se a cargos políticos».

O parlamentar do PS disse ainda que «as alterações à Lei das Finanças Locais deviam ter como prioridades libertar os municípios da sua dependência de taxas, licenças e outras contrapartidas recebidas da construção».

Alegre lamentou ainda que o «espaço para o debate de ideias» nos partidos e na comunicação social seja «tão escasso», tendo declarado que o MIC é um movimento aberto a «todos os cidadãos».

Nesta sessão, o deputado socialista lembrou também as «muitas certidões de óbito que já me passaram» para dizer que «aqui estou eu de novo para lutar convosco contra o conformismo, a passividade e o medo».

Redação